quarta-feira, 31 de março de 2010

Saudosismo e nostalgia.

Admito que minha ideia de post para hoje não era essa, mas eu não posso dizer não a uma inspiração que veio depois dessa visita.

Expliquemos, então. Amigos meus, amigos do colégio, que passaram três anos ao meu lado, suportando tudo o que eu suportei, me fazendo rir e me fazendo levar broncas, amigos que me apoiaram e disseram palavras de conforto, ou nem tanto, nos anos que passamos naquela tortura diária que chamávamos de escola.

Se eu fosse contar aqui tudo que passamos, eu levaria horas e mais horas e ainda não seria suficiente. Sei que soa clichê, mas é a mais pura realidade. Seis meninos e eu. Ah, sim, eu era a única menina e, acredite, eu sofria por isso. Odiava quando íamos beber na casa de um deles e eles achavam que era minha obrigação lavar a louça. Mas, ainda sim, eu não teria sobrevivido três anos se não fossem esses seis idiotas.

E meu coração se enche de felicidade ao lembrar que os nossos lados ainda são tão fortes, que eu sei que mais ora, menos ora, eu vou receber uma ligação de um deles dizendo: "Cáh, a gente vai sair amanhã, 'bora?". E foi o que aconteceu hoje.

Fiquei brava pela ligação a cobrar, claro, mas esqueci a braveza quando ouvi "Você 'tá ocupada? A gente pode passar aí pra te dar um beijo?". Só estavam três hoje, dos outros três, um mora longe, outro trabalha e o terceiro se afastou antes que pudéssemos alcançá-lo de novo. Excetuando este, tenho certeza que os outros dois, se não fosse por esses obstáculos, também teriam passado aqui.

Os três que vieram e eu ficamos lá embaixo, no portão, conversando sobre nossas vidas atuais, o que estamos fazendo delas. Todos na faculdade, cada um seguindo a vida. E então a pergunta surge "E aí, tem visto alguém lá do colégio?" e daí para o saudosismo e a nostalgia, é um passo tão pequeno. Sei que essas duas palavras podem ter um significado ruim, às vezes, mas uso-as aqui com a melhor das intenções.

Relembramos as situações memoráveis da época de colégio. Meu primeiro dia de aula lá e o chute que eu levei de um deles, as broncas que levamos, as broncas que EU levei por culpa DELES, todas as provas que colamos e besteiras que falamos. Foi bom. Foi muito bom. E, no meio de toda a conversa e rememoração, eu me peguei pensando que eu sempre sonhei com isso, ter amigos com quem poderia lembrar coisas da época de colégio anos depois de elas terem acontecido, mas nunca achei que de fato teria.

Ter amigos. Ter amigos de uma época boa da sua vida e que permanecerão pra sempre, te fazendo relembrar das situações engraçadas e dos acontecimentos tensos. Ter amigos que você sabe que pode contar. Ter amigos que profissão, distância ou relacionamentos estrangeiros não separam. Ter amigos que te fazem bem e que não importa a quantidade de besteira que falarem, serão pra sempre seus amigos. O mala, o bêbado, o chato, o mal-humorado, o piadista, a boca-suja.

Que os anos passem, que o futuro venha. Amigos que o mundo não separa.

A ouvir - Música nacional sobre amados e coisas melosas.

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